quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Qual seu dosha? Quem é você?

Teste: quem é você?

Geralmente temos características dos três elementos e dois se sobressaem.


O teste abaixo (desenvolvido por Márcia de Luca) permite que você descubra qual seu dosha predominante. Geralmente temos características dos três elementos e dois se sobressaem.
  
Para cada resposta, leve em conta as tendências que você demonstra desde criança, uma vez que, como explicamos, o dosha é fixado no momento da concepção. O elemento mais assinalado será a força dominante em sua estrutura psicofísica. Para ser uni-dosha, a contagem de pontos do questionário do dosha principal deve ser o dobro do elemento que vem a seguir. Esse segundo elemento também vai influenciar em suas características, formas de ser e de agir, mas com força menor. Se nenhum dos dois doshas for extremamente dominante, você será bi-dosha, com suas influências se alternando. Se a contagem dos três for mais ou menos igual, você será tri-dosha, o que é raro.

Suas características:

Seu corpo
Vata: Magro, de estrutura e músculos finos, articulações pontudas, tendões e veias proeminentes, juntas que estalam
Pitta: Constituição média, bom desenvolvimento muscular, mantém o peso
Kapha: Ossatura grande, estrutura pesada, tendência a ganhar peso

Sua pele
Vata: Seca, áspera ou fina
Pitta: Mista, suave, quente, corada e propensa a irritação
Kapha: Oleosa, macia, aveludada

Seus cabelos
Vata: Seco, quebradiço ou crespo
Pitta: Liso, fino, com tendência a ficar branco precocemente e à calvície
Kapha: Grosso, volumoso e com brilho

Seus olhos
Vata: Marrons ou pretos, pequenos, nervosos, secos, com cílios ralos
Pitta: Azuis ou verdes, de tamanho médio, brilhantes, sensíveis à luz, com cílios ralos e oleosos
Kapha: Azuis ou pretos, grandes e marejados, com cílios longos e grossos

Suas unhas
Vata: Quebradiças
Pitta: Cor de rosa e macias
Kapha: Grossas e fortes

Seu apetite
Vata: Variável
Pitta: Grande
Kapha: Regular

Sua digestão
Vata: Variável: num dia boa; no outro, ruim
Pitta: Excelente, metaboliza qualquer alimento, mas tem tendência a azia e acidez
Kapha: Lenta e de difícil metabolização

Sua eliminação
Vata: Tendência a prisão de ventre
Pitta: Regular, com tendência a diarréia e fezes moles
Kapha: Regular e lenta

Sua temperatura corporal
Vata: Fria, e não suporta o frio
Pitta: Quente, e tem intolerância ao calor
Kapha: Fria, e não suporta umidade

Seu sono
Vata: Leve e irregular, com tendência a insônia
Pitta: Pouco e profundo, dorme fácil e acorda fácil
Kapha: Pesado e muito, tem dificuldade para acordar

Seu desejo sexual
Vata: Variável
Pitta: Intenso
Kapha: Regular

Sua mente
Vata: Ativa, curiosa, sem descanso
Pitta: Inteligente e agressiva
Kapha: Calma, lenta, receptiva

Sua memória
Vata: Aprende rápido e esquece rápido
Pitta: Aprende rápido e demora para esquecer
Kapha: Aprende devagar e não esquece mais

Seu temperamento
Vata: Alegre, animado e gosta de mudanças
Pitta: Determinado, luta pelo que quer e tende a impor sua opinião
Kapha: Amoroso, de fácil relacionamento, sempre disposto a ajudar

Suas qualidades
Vata: Facilmente adaptável e criativo
Pitta: Corajoso e determinado
Kapha: Estável, calmo e pacífico

Sob estresse, você reage com
Vata: Ansiedade, preocupação e insegurança
Pitta: Frustração, raiva e impaciência
Kapha: Calma, preguiça, depressão e isolamento

Sua rotina diária
Vata: Variável
Pitta: Precisa
Kapha: Metódica

Seu bolso
Vata: Gasta aleatoriamente
Pitta: Prefere o luxo
Kapha: Economiza


Vata: ao sabor do vento

Este dosha controla todo o movimento biológico, como a inspiração e a expiração, a circulação sangüínea, os impulsos nervosos, os batimentos cardíacos, a comida que entra e sai, o fluxo dos pensamentos. Vata é responsável por começar as coisas – por isso, quando em desequilíbrio, a pessoa deste dosha fala muito sem chegar a nenhuma conclusão, gasta dinheiro à toa, compra demais sem adquirir nada necessário.

A energia de Vata controla o sistema nervoso e se concentra na região do cólon (intestino grosso), pélvis, juntas sacro-ilíacas e lombar. Quando o dosha entra em desequilíbrio, esses são os primeiros órgãos a apresentar problemas. (ilustrar)

Características físicas:
São pessoas altas ou baixas, porém sempre magras, de estrutura corporal pequena e angulosa. Têm ombros e quadris estreitos.
Podem comer muito e não engordar. No entanto, seu peso pode flutuar durante a vida e, ao envelhecer, às vezes ganham alguns quilos. O apetite é irregular e podem ter fome a qualquer hora, bem como pular refeições.
As juntas são secas, barulhentas e protuberantes.
Os dentes são pequenos e também protuberantes.
Têm mãos e pés gelados, e sentem muito frio.
Em geral têm olhos pequenos e cabelos finos e encaracolados.
A pele é seca.
Dormem pouco – normalmente seis horas são suficientes – e em horários diversos. De sono leve, acordam com qualquer barulho.
São superativas, mas se cansam com facilidade, podendo chegar à exaustão. Isso gera sentimentos de fraqueza, sobretudo se têm dificuldade para dormir. Necessitam de muito repouso e se beneficiam de rotinas e hábitos regulares.

Características psicológicas:
Tendem a ser alertas, com uma mente rápida e ativa. Aprendem novos
conceitos e idéias num piscar de olhos, mas tendem a esquecer o que aprenderam com igual rapidez. Como o vento, pensam, falam, andam e movem-se depressa, geralmente sem parar. Gostam de movimento e de novidades. Mudam de idéia e de humor o tempo todo. Amam a liberdade.

Em equilíbrio
São pessoas felizes, entusiasmadas, alertas, criativas, ágeis, comunicativas, energéticas e sensíveis. Fazem amigos rapidamente.

Em desequilíbrio
Apresentam cansaço, ficam angustiadas e ansiosas, sofrem de insônia, prisão de ventre, gases e flatulência. Ficam hipersensíveis e inseguras na hora de tomar decisões. Tornam-se contraditórias, imprevisíveis e instáveis.

Reação ao estresse
Preocupar-se e perguntar-se: “O que eu fiz de errado?”

Balanceando Vata
Estabilidade emocional, amor e quietude são os melhores remédios para este dosha. Criar um ambiente agradável em casa, sem muitas distrações, manter rotinas e respeitar os períodos de descanso também ajudam. A prática de Yoga, dança e caminhada faz muito bem. Vata deve evitar tudo o que seja frio, seco, instável, agitado, e fugir das correntes de ar.

No amor
Vata é inconstante, difícil de se comprometer.

Pitta: pode vir quente que ele está fervendo

Dinamismo e paixão caraterizam as pessoas de Pitta. O dosha do Fogo representa o metabolismo, sendo responsável por todas as transformações químicas que ocorrem no organismo. Pitta faz a digestão, traz luminosidade para o olhar, regula a temperatura e é fonte de energia.

Este dosha se concentra na região abdominal: intestino delgado, parte baixa do estômago e fígado. Quando o dosha entra em desequilíbrio, esses são os primeiros órgãos a sofrer.

Características físicas
Pessoas de estrutura e constituição corporal média. Mantêm o peso sem flutuações importantes.
A pele é clara ou avermelhada, muitas vezes com sardas e com tendência a manchar. Como a temperatura do corpo é alta, transpiram e ruborizam com facilidade. Também por isso são avessas ao calor e à exposição prolongada ao sol.
Têm olhos penetrantes, de tamanho médio.
Têm cabelo fino e sedoso, normalmente loiro, castanho claro ou ruivo. A tendência é ficarem com os cabelos grisalhos precocemente, e, no caso dos homens, carecas.
Têm excelente digestão e um grande apetite. Ficam irritadas se pulam ou atrasam uma refeição. O intestino também funciona com regularidade. Costumam acordar no meio da noite, com fome, sede ou calor.
Dormem profundamente, por curtos períodos de tempo.
Têm forte impulso sexual.

Características psicológicas:
É o dosha de maior inteligência e também raiva. O raciocínio é rápido e a mente tem poder de foco e organização. São pessoas ordeiras, enérgicas e competitivas, além de corajosas e independentes. Têm a fala articulada e precisa. Têm iniciativa e costumam dominar as situações. Costumam julgar os outros.

Em equilíbrio
Determinadas, precisas e com grande capacidade de liderança e realização. São pessoas calorosas e sabem tomar decisões acertadas.

Em desequilíbrio
Tornam-se impacientes, frustradas e irritadiças. Raivosas, passam a ter comportamento agressivo e intimidador. Mostram-se manipuladoras e competem de forma desenfreada. O senso crítico fica exacerbado, tornam-se sarcásticas, e sua busca pela perfeição leva à intolerância. Têm erupções na pele, sofrem com indigestão e azia.

Reação ao estresse
Irritar-se e perguntar: “O que você fez de errado?”

Balanceando Pitta
Aprender a usar de forma construtiva a energia de sua raiva é a maior lição para este dosha. No dia-a-dia, é importante abrir espaço na agenda para o descanso, ter senso de humor, comer saladas e tomar bebidas frias (mas não geladas), e praticar esportes, sobretudo a natação. A meditação ajuda a acalmar. Pitta deve evitar tudo o que seja quente.

No amor
Naturalmente apaixonadas, as pessoas de Pitta precisam cultivar a humildade e a paciência para se relacionarem efetivamente com um companheiro. Seu maior desafio é unir sexo e coração.


Kapha: devagar e sempre

Representa estabilidade e pé no chão. É o dosha responsável por nossa estrutura e sistema linfático. Também é Kapha que dá suporte e nutre o sistema nervoso, lubrifica o trato digestivo, as articulações e o trato respiratório, regula água e gordura.

Sua energia se concentra na parte alta do estômago e nos pulmões e vias respiratórias – os primeiros órgãos a adoecer quando Kapha entra em desequilíbrio.

Características físicas
As pessoas de Kapha têm uma estrutura corporal sólida, ganham peso com facilidade e têm tendência à obesidade e muita dificuldade para emagrecer.
A pele clara é lustrosa, suave e sedosa, e apresenta certa palidez.
Têm lábios carnudos, dentes brancos e fortes, bochechas fofas e olhos grandes, de cílios longos.
Têm cabelos grossos, pretos e brilhantes.
De digestão lenta, podem sentir-se pesadas após comer. Não têm muito apetite, e toleram bem pular refeições. A eliminação é regular.
Precisam de um período maior de descanso e seu sono é pesado e profundo.
Transpiram pouco e detestam tempo frio e úmido.
Têm tendência a acúmulo de muco.

Características psicológicas
São lentas em todos os aspectos, como movimentos e raciocínio. Aprendem devagar, mas têm excelente memória. Amáveis, cheias de compaixão, conciliadoras e de bom senso, as pessoas de Kapha costumam ser excelentes amigas e pais. O apego a gente e coisas, bem como ao passado, faz parte de sua natureza. Não se preocupam nem ficam bravas facilmente. Emocionalmente estáveis, são agradáveis e carinhosas. Pensam muito antes de tomar qualquer decisão.

Em equilíbrio
Calmas, tranqüilas, com bom nível de energia. Pacientes, pensativas, devotadas e amorosas. Gostam de rotina e sabem economizar dinheiro. São pessoas constantes, coerentes, leais, fortes e protetoras. A fala é clara e concisa.

Em desequilíbrio
Apresentam preguiça, fadiga, depressão e dificuldade para expressar os sentimentos. Tornam-se letárgicas, estúpidas, avarentas e superprotetoras. Desenvolvem uma tendência a dormir demais e ficam resistentes a qualquer mudança. Sofrem com obesidade e ficam congestionadas. O apego a coisas, pessoas e ao passado fica extremado, resultando em ciúme e saudosismo.

Reação ao estresse
Entristecer-se e dizer a si mesmo: “Como eu posso ajudar a resolver isto?”

Balanceando Kapha
A prática de esportes como lutas marciais e musculação e a adoção de massagens vigorosas ajudam a revigorar Kapha. Jardinagem, arrumação da casa e culinária são hobbies interessantes.

No amor
Kapha é responsável pela família, pelo lar e pelos relacionamentos estáveis. Sensual, combina a força masculina com a suavidade feminina.


Tudo combinado

Veja aqui as possíveis combinações de doshas e quais as principais características de quem é bi-dosha – a grande maioria dos seres humanos. A energia cujo nome aparece na frente é a dominante e a outra, secundária.

Vata/Pitta
Pessoas com esta combinação de doshas normalmente têm a estrutura física frágil e os movimentos rápidos de Vata. No mais, suas características psicológicas e físicas costumam ser mais equilibradas pela influência de Pitta. São amistosas e falantes, mas bem mais decididas do que quem é um puro Vata. O intelecto também é mais focado e aguçado e elas têm maior energia e estabilidade, melhor digestão, uma eliminação mais regular e uma circulação mais rápida. Toleram melhor o frio e são menos sensíveis às mudanças do ambiente. Enfrentam os problemas com maior entusiasmo.

Pitta/Vata
De constituição física mediana como a dos puros Pitta, são pessoas mais fortes e com mais músculos que as de Vata-Pitta. São rápidas e enérgicas nos movimentos. São intensas como Pitta e não tão leves como Vata. Apresentam melhores digestão e eliminação do que Vata-Pitta. Muitas vezes acumulam as características negativas de medo e raiva dos dois doshas ao mesmo tempo. Aceitam desafios e enfrentam os problemas com entusiasmo e, algumas vezes, até com agressividade.

Pitta/Kapha
Agem de maneira intensa como Pitta e possuem a estrutura física sólida
de Kapha. São mais musculosas do que Pitta/Vata. Possuem um corpo
adequado para a prática de esportes, pois combinam a energia de Pitta com a resistência ao esforço de Kapha. Não gostam de pular refeições e geralmente gozam de saúde boa. Mesclam a estabilidade de Kapha e a força de Pitta, com tendência para julgar, criticar e acumular raiva.

Kapha/Pitta
Têm excelente musculatura, mas com maior proporção de gordura.
Sua estrutura física é maior. Os movimentos são mais lentos e relaxados do que os de Pitta/Kapha.Têm uma grande fonte de energia.

Kapha/Vata
São pessoas de estrutura física sólida e que se movimentam com menor velocidade do que Vata. São mais relaxadas, o que equilibra a tendência de Vata para um entusiasmo exacerbado. São mais atléticas e têm maior resistência. Podem desenvolver irregularidades na digestão e sentir frio, característica dos dois doshas.

Apresentar, de forma balanceada, características dos três doshas é raro. São as pessoas tri-dosha.

Vata/Pitta/Kapha
Já naturalmente mais equilibradas, as pessoas tri-dosha costumam ter vida longa e boa saúde, gozando de um sistema imunológico resistente.

fonte: http://yogajournal.terra.com.br/show_yoga.php?id=264

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Função dos Chakras

"É através das energias emocionais, que circulam nos centros energético-informativos (os Chakras), que a ‘persona’ se conecta com a dimensão espiritual do ser. Precisamos das emoções para compreender o “não-físico”.

A função básica do corpo de desejo (Kama) é converter as vibrações captadas pelos órgãos físicos em sensações, de forma que o instinto básico de sobrevivência, nossa herança unicelular, possa agir em nossa autopreservação. Os centros energético-informativos do corpo etérico são os responsáveis por essa transferência energético-informativa para fins de conversão em sensações. A maioria das vibrações físicas gera sensações neutras, mas algumas delas, quando confrontadas com nosso centro etérico de sobrevivência (primeiro Chakra), geram as sensações de “agradável” ou “desagradável” no nosso corpo astral.
Ambas as sensações, “agradáveis” e “desagradáveis”, geram respostas físicas, emocionais e mentais. Uma sensação, no corpo de desejo, quando chega ao corpo mental gera uma percepção. A essa percepção dá-se o nome de “sentimento de prazer”, se for uma sensação agradável, ou “sentimento de dor”, se for desagradável. Assim, a percepção e o sentimento associado envolvem a utilização do corpo astral, e a volta energético-informativa ao Sistema Nervoso Mental e Emocional torna a percepção e o sentimento conscientes no estado de vigília.
A percepção e o sentimento de dor geram reações energéticas de raiva e de medo, sempre que a sobrevivência nos é ameaçada. Se não há ameaça à sobrevivência, a percepção e os sentimentos de dor e de prazer, com o tempo, condicionam o surgimento de energias de apego e de repulsa (o desejo de repetir a sensação e o desejo de não repetir a sensação) no corpo de desejo (Kama). Assim, os desejos (apego e repulsa) envolvem a utilização e o processamento da memória, em busca de sensações agradáveis e desagradáveis já sentidas, que vêm ao consciente através do Sistema Nervoso Mental. As energias dos sentimentos de prazer ou de dor ocasionam desejos de experimentar esse prazer novamente, ou de evitar a dor, que surgem somente após o término da experiência ou na eminência de seu início.
As energias do medo e da raiva ficam armazenadas na porção astral do primeiro Chakra, as de dor e prazer no segundo e as do desejo (apegos e repulsas) são armazenadas na porção astral de nosso terceiro Chakra. O primeiro e o segundo Chakras se relacionam com o bem-estar físico do corpo, e o terceiro Chakra com a energia necessária à busca desse bem estar. Dor, prazer, apego e repulsa, medo e raiva se mesclam. O apego aos objetos de prazer gera dor ou prazer se os perdemos ou ganhamos, respectivamente. A repulsa aos objetos de dor gera mais dor ou prazer se entramos ou não em contato com eles, respectivamente. A possibilidade, ou de perder os objetos de prazer e não reavê-los ou de encontrar objetos de dor, leva ao medo e as suas ocorrências levam à raiva.
Essas energias do medo e da raiva, energias provenientes do primeiro Chakra, inundam todos esses três centros energéticos. Já o prazer de ganhar um objeto de apego gera mais prazer e apego e a dor de entrar em contato com objetos de repulsa gera mais dor e repulsa, num ciclo vicioso que aprisiona mais e mais energia na porção astral do primeiro, segundo e terceiro Chakras.
O desejo não é uma energia negativa em si, pois traz consigo o poder de realizar. Esse poder é uma função mental que traz em si a capacidade de obter ou repelir. Quando surge o desejo por algo, o corpo mental logo se encarrega em formular estratégias para a sua obtenção. Assim se obtém experiência e diversas formas de “poder mental”, mas também de controle (Cf. adiante). O ponto-chave está na transformação, ou não, do desejo em apego, repulsa ou controle.
A nível físico, o Sistema Nervoso Mental capta, traz à consciência e integra os vários sinais sutis, provindos do terceiro Chakra astral e relacionados com o desejo, comparando-os com os registros prévios da memória, também resgatados à consciência, usando, para isso, as fibras de associação secundárias (raciocínio lógico) e terciárias (raciocínio abstrato e ordenação dos pensamentos). Desse processamento consciente, a nível físico, e inconsciente, a nível mental, surgem a nível astral as emoções (captadas pelo Sistema Nervoso Emocional) e as ações relacionadas de comportamento emocional e social (gerenciadas pela área pré-frontal cerebral).
As emoções são um amálgama das energias sutis dos desejos com o intelecto e com o pensamento, as quais se tornam conscientes quando captados pelo Sistema Nervoso Mental, ou seja, a emoção é a conscientização do desejo. A emoção propriamente dita é incontrolável. Para se ter algum controle sobre as emoções, é imprescindível a análise dos caminhos tortuosos que a provocaram. É observar conscientemente, com o Sistema Nervoso Mental, o Sistema Nervoso Emocional: os fatores provocadores e as respectivas reações emocionais conscientes.
Decorre daí a importância fundamental das emoções e dos sentimentos na evolução espiritual do ser humano. A mente pode ser controlada, mas os sentimentos e emoções não. No máximo podem ser escondidas, ou seja, terem a sua captação suprimida pelo Sistema Nervoso Emocional. Em geral, somente as mulheres têm o terceiro Chakra (das emoções) receptivo e funcionante, no sentido de se estar aberto aos sentimentos. A energia dos homens sobe do primeiro para o segundo Chakra e pára. Está estagnada no Chakra da sexualidade e não sobe ao Chakra dos sentimentos e emoções. O desafio dos homens é se abrirem aos sentimentos e emoções.
Não é fugindo do prazer e da dor que obteremos o domínio dessa nossa natureza inferior. Somente quando enfrentarmos essas sensações, sentimentos, desejos e emoções, com suas tensões e pressões associadas, é que obteremos os mecanismos necessários ao seu domínio consciente. Muitas vezes será necessária uma fuga estratégica para recuperar nossas forças, mas quando conseguirmos desenvolver a paciência, a serenidade e a calma diante de situações difíceis, a nossa natureza inferior será finalmente subjugada. Não será reprimindo-os à força que eles serão subjugados, pois eles facilmente passarão à mente subconsciente, daí dando origem a diversos transtornos psicológicos aos quais a psicologia chama “complexos”, de onde continuarão comandando, veladamente, o comportamento pessoal.
Quando a energia do desejo se transforma em apego ou repulsa, outras formas energéticas podem surgir. A forma intelectualizada do apego é o amor humano (Eros), e a da repulsa é o ódio humano. São a mesma forma de energia com polarizações diferentes. O amor é o uso integrativo da energia, une e atrai, enquanto o ódio é o uso desintegrativo, que separa e repele. Ambas as formas ficam armazenadas no terceiro Chakra etérico e nesse centro ódio e amor podem gerar três tipos de comportamento emocionais (e/ou sociais) cada um, de acordo com as relações sociais (de um superior para um inferior, de um inferior para um superior ou entre iguais) existentes.
O amor que olha para baixo é a benevolência e o que olha para cima é a veneração, a fé e a devoção. O amor entre iguais, socialmente falando, gera ternura mútua, confiança, respeito, prazer em ajudar com doçura. O ódio ao inferior gera o menosprezo, enquanto o ódio entre iguais gera raiva, cólera, insolência, agressividade e violência. Já o ódio ao superior gera o receio que pode tornar-se medo. A ansiedade seria uma reação normal do indivíduo a todas essas emoções, geradas pelas circunstâncias sociais ou familiares que ele tenta dominar desde a infância.
Todas essas formas de amor e de ódio podem gerar ansiedades que buscam contentamento e prazer, que quando obtidos, ou não, geram mais ansiedades. A ansiedade é inseparável do medo, energia contrária ao amor. Quando essa energia da ansiedade aumenta, e chega a um certo nível crítico, surgem emoções mais ativas, como as neuroses e os estresses, ou emoções passivas, como a melancolia e a depressão. Todas essas energias acumulam-se, então, no quarto Chakra e se retro-alimentam, aumentando a si próprias: a teia do medo chega ao coração.
Ou seja, com o prosseguir da existência, aquelas reações (neuroses, estresses, depressões e ansiedades), frutos do desejo (apego ou repulsa) de coisas impermanentes, chegam a um ponto em que o acúmulo da energia do medo nos Chakras fica crítico, fruto de um ciclo vicioso pernicioso (astral, etérico e físico) que só pode ser rompido com o uso de energias superiores (mentais).
Aí ou se deixa, por ignorância e/ou comodidade (lei do hábito), a autopreservação agir (usando a energia do medo e da raiva acumuladas) e se reprimem as emoções, com conseqüências imprevisíveis e inúteis, ou se abre o coração (quarto Chakra) para novas alternativas de transcendência: o não agir (o wu-wei dos taoístas). A primeira alternativa gera a resposta de “lutar ou fugir” e a segunda leva a nos “fingirmos de morto”. Então podemos escolher como usar as energias acumuladas nos três primeiros Chakras e quais tipos de energia acumular no quarto Chakra: a tristeza e a depressão, com sua teia do medo, ou a alegria e a felicidade com a sua teia do amor.
A priori, não há nada de errado em nenhuma das opções. O problema é o perigo de se ficar preso na teia do medo, pois se escolhermos a primeira opção (lutar ou fugir) e reprimirmos as emoções, gerar-se-ão tensões musculares, transtornos cardíacos, respiratórios e endócrino-metabólicos, que trazem mais dor e sofrimento. O aumento do sofrimento aumenta a ilusão da separatividade pelo reforço da percepção do “sujeito sofredor” (“eu” estou sofrendo). Negar as emoções, como se fossem “coisas feias”, as joga ao subconsciente para reforçar a nossa Sombra. Mas se não houver repressão emocional, o medo e a raiva serão apenas sinais de alerta que apontam para algum fato que deve ser resolvido conscientemente.
Já com a segunda opção (o não agir), transcende-se a dor e o prazer na unidade deles. Mas como isso se dá? Esse não agir implica num processo mental de se observar conscientemente tudo o que está se passando nos planos físico, etérico e astral (sensações, sentimentos, desejos e emoções) e entender o seu mecanismo (gerar conhecimento) auto-suficiente e automático, regido pela lei do hábito (Cf. em AUTOCONHECIMENTO, no capítulo anterior). Observar o que se passa traz, necessariamente, uma desidentificação com os nossos corpos físico-etérico e astral. Entendemos, finalmente, que não somos todos aqueles processos descritos de sensações, sentimentos, desejos e emoções, e ficamos prontos para transcendê-los. Percebemos, enfim, que não somos as nossas sensações e sentimento nem nossos desejos e emoções, mas que eles surgem e permanecem em nós, num ciclo vicioso, devido a causas bem definidas.
Onde houver tristeza devemos procurar o apego por trás dela. Através da busca do desapego aos objetos de desejo, pela eliminação do véu da ignorância (a percepção de outro nível de realidade sujeito/objeto, inseparáveis e unos) é possível essa transcendência. Mas dois fatores são imprescindíveis nesse processo: a existência do amor e de um sentido à vida. Cura alguma será completa a menos que o homem se sinta amado e assim encontre uma motivação, uma razão para prosseguir.
Para se poder transcender esse ciclo vicioso (astral e físico-etérico) é necessário se usar o poder da vontade no intuito de quebrar os hábitos provenientes de emoções negativas (do ódio) e desenvolver novos hábitos baseados no amor e não no medo. Vê-se, então, que o centro do poder da vontade realmente está num nível acima do plano astral (das emoções), pois pode atuar sobre ele transformando-o.
"Somos o que fazemos repetidamente. Logo, a excelência não é um ato, mas um hábito".
Aristóteles (384-322 a.C.)
Esse processo de desidentificação é primordial para que possamos observar nossos corpos inferiores em suas ações e reações. Somente após o entendimento dessas ações e reações, mantidas devido ao hábito, é que poderemos usar de nossa vontade para mudá-las. Esse processo de dissociação requer introspecção, recolhimento e paciência, uma vigilância contínua de nosso “eu inferior”, visando reconhecer padrões antigos e substituí-los por novos, através de longo esforço e prática constante. É estar consciente no presente, através do exercício da atenção.
Após conhecermos os mecanismos que levam à gênese do desejo, passamos a compreender que não há problema em sentir prazer, não podemos é nos apegarmos aos fatores que o provocam. Já a dor sempre trará estímulos para nosso progresso pessoal. Ela é inerente à existência física, mas sempre será temporária de forma que não precisamos mais fugir dela. Além do mais, já que todo o universo está interligado, todos os objetos de dor e de prazer fazem parte de nosso ser e não preciso querê-los nem evitá-los.
Quando não mais tivermos medo de perder qualquer objeto de prazer e quando não mais tivermos medo de encontrar qualquer objeto de dor, pelo simples conhecimento, através de cada átomo de nossa persona, de que ambos esses objetos (de prazer e de dor) não estão separados da própria persona, outra porta se abrirá para a nossa existência. Passamos a ver, no nosso íntimo, objetos de dor que não nos dão mais repulsa e objetos de prazer que não nos dão mais apego. A Luz e a Sombra (Cf. no capítulo anterior), presentes em nosso interior, finalmente não mais se repelem.
É necessário que surja o caos para que nossas estruturas se organizem num nível de complexidade superior. É necessário o apego para que aprendamos a nos desapegar. O caos é fonte da evolução quando utilizado adequadamente. Toda semente, por mais feia, murcha e pequena, pode estar escondendo uma bela flor, uma frondosa fruteira ou uma grande árvore. Caos, dificuldades e estresses, paradoxalmente, são necessários à ordem, à evolução e à paz (Cf. no próximo capítulo, em “MEDITAÇÃO/CONTEMPLAÇÃO"). O prazer sensual é a semente da qual germina o amor entre marido e mulher, que desabrocha no cuidado com a família, floresce no serviço à pátria e à humanidade, até que se torna indistinguível da Vontade Superior.
Desapegar-se é ser no mundo e não ser do mundo. Desapegar-se acontece naturalmente quando eliminamos os véus da ignorância e passamos a viver no presente, em plena atenção (Cf. no próximo capítulo, em MEDITAÇÃO). Mas viver desapegado, ser no mundo, traz em si a transformação dos desejos materiais e, logicamente, das suas emoções. Uma grande, e quase insuportável, sensação de vazio existencial, inevitavelmente, nasce nessa situação. Viver num mundo sem prazeres, dores, desejos e emoções parece-nos não poder ser chamado de viver. Mas é somente mais um hábito que está sendo mudado, o hábito de se viver com prazeres, dores, desejos e emoções. Sempre que nossa vida chega a situações tristes e desoladas, sentimos algo parecido com esse vazio. Pensamos que estamos em franco declínio, mas a vida logo mostra que estamos sendo transformados, preenchidos com algo novo.
Ver nossa Luz e nossa Sombra, sem desejos e julgamentos, capacita-nos a ver a Luz e a Sombra dos outros também sem desejos ou julgamentos. Passamos a nos ver nas “outras” pessoas, coisas e idéias, numa unidade indissolúvel. Essa consciência de nós mesmos, e a consciência de unidade com tudo e todos, é a chave da autotransformação, descrita no capítulo passado. Com nosso corpo físico-etérico purificado e nosso corpo astral idem, nosso eu inferior passa a desenvolver emoções superiores (simpatia, reverência, devoção, compaixão, desejo de servir, etc.), que nada mais são que reflexos do “Eu superior”. O eu inferior, tornado puro, não mais age. Resignado, responde inteiramente à Vontade do “Eu superior”, como um bom servo do plano divino.
“não mais eu, mas Cristo vive em mim...”
Paulo de Tarso (Gl 2:20)
Passamos a amar incondicionalmente e a viver a compaixão, da maneira como o Cristo e o Buda nos recomendaram. Essa maravilhosa energia do amor incondicional inunda o quarto Chakra e se irradia, naturalmente, por toda a circunvizinhança. Viver sem apegos não é viver sem amor. E é esse amor, por tudo e por todos, que traz a “paz que ultrapassa o entendimento”, que brilha em nossa mente de forma a percebermos os problemas da vida de uma forma apropriada, sem ilusões, apegos ou julgamentos. É a essa paz que o Cristo chamou Bem-aventurança, nossa Auto-realização.
Em conseqüência desse livre fluxo energético, passamos a nos expressar livremente, sem medos, pois estamos em harmonia com o nosso lado Sombra. Nesse momento nosso quinto Chakra funciona plenamente vivificado. Nossa Sombra já não mais nos assusta nem entra em erupção nos momentos estressantes. Aprendemos a nos ver por completo, sem mais apegos, e assim nos aceitar. Aceitar o que estamos sendo gera a unificação de nosso ser, a nossa transcendência e o desbloqueio de energias antes presas em nosso inconsciente (Cf. em “A NATUREZA HUMANA”, no capítulo anterior). A aceitação plena de si mesmo é a única forma de perdoarmos a todos, de desfazermos todas as mágoas e arrependimentos que nos prendem ao passado. O perdão é a chave para se viver o presente, abrir-se à renovação, esquecer-se do velho eu, virar semente e “morrer para germinar”.
As mulheres, geralmente abertas aos sentimentos e emoções, em geral têm a sua energia estagnada no quarto Chakra, muitas vezes perdidas nos próprios sentimentos e emoções. E quando conseguem “destravar” essas energias, elas não sobem ao quinto Chakra: estão com um ‘nó na garganta’ porque concordaram em se manter em silêncio e serem dominadas sob a atual sociedade patriarcal. Enquanto o desafio dos homens é se abrirem aos sentimentos e emoções, o desafio das mulheres é abrir o Chakra da comunicação sem “se tornarem homens”, fechando o seu terceiro Chakra dos sentimentos.
Somente através do trabalho conjunto e contínuo de energização de todos os centros energético-informativos, da purificação de nosso corpo astral e da vinda de energias de planos superiores (Mental superior e Búdico – Buddhi), é que surgirão o verdadeiro autoconhecimento, o amor próprio, a livre expressão, o perdão de si mesmo e a compreensão de verdades espirituais. A compreensão, por exemplo, da verdade da unidade da vida, resultado do trabalho evolutivo de nossos corpos causal e intuicional, gera o sentido de fraternidade e compaixão. Todos esses fatores são pré-requisitos ao amor e perdão incondicionais (amor espiritual), à compaixão plena e à renovação pessoal.



domingo, 16 de outubro de 2011

Chacras Secundários



Chacras Secundários I


1)Localização: Calcanhares e pulsos Função: Passagem da energia para satisfação das necessidades próprias e libertação da agressividade Muito Aberto: Muito exigente Fechado: Tendência para andar mais em bicos de pés; não exprimir o EU ou não querer ser notado; uma sensação de caminhar sobre cascas de ovos; as mãos podem ter um aspecto frio e imperfeito; dificuldade em estender a mão, dar um aperto de mão ou tocar nos outros.


2)Localização: Baço Função: Paz ao nível emocional Muito Aberto: Ira excessiva, expressa, por vezes, de maneira doentia Fechado: Contenção excessiva da ira, que pode ser libertada de forma inconsciente.


3)Localização: Nas clavículas, acima das axilas, e no osso pélvico (osso da bacia) Função: Expressão de atitudes mentais para com o corpo e seu funciona mento no mundo físico Muito Aberto: Demasiada consciência e preocupação com o corpo Fechado: Inconsciente da exaustão, fadiga ou dor; sem contato com o corpo físico e incapaz de lidar com os problemas dele.


4)Localização: Malares, ligeiramente abaixo deles, e no interior do maxilar Função: Liberta energia para compreensão ou compreensão mais profunda relativamente ao corpo Muito Aberto: Preocupação com o corpo Fechado: Ignorância das necessidades do corpo; muito semelhante ao chacra anterior.


5)Localização: No esterno, entre os mamilos


Chacras Secundários II



1)Localização: Estômago Função: Digestão das Emoções Muito Aberto: Crédulo; ênfase excessiva nos sentimentos Fechado: Incapacidade de digerir emoções e de lidar propriamente com as emoções.


2)Localização: Umbigo Função: O mais forte dos chacras emocionais; elo de ligação com as outras pessoas ao nível dos sentimentos Muito Aberto: Excessivamente emotivo; incapacidade de pensar com clareza devido à pressão excessiva das emoções Fechado: Sentimentos menos apurados ou desenvolvidos; pode ser de natureza vulcânica; embora as energias possam estar bloqueadas, neste caso a pessoa ainda estaria excessivamente preocupada com os sentimentos.


3)Localização: Chacra do coração compassivo (centro do tórax superior) Função: Sentimento de unidade a todos os níveis; integração das emoções para o equilíbrio; amor, compaixão e compreensão para com os outros Muito Aberto: Excessivamente empenhado em amar o suficiente; em fazer o suficiente pelos os outros; a pessoa pode sentir-se aniquilada Fechado: Coração empedernido; fechado; com medo de amar.


4)Localização: Osso xifóide (acoplado na extremidade do esterno) Função: Selecionar o que é certo e errado para pessoa; princípio da energia da consciência. Muito Aberto: Muitos sentimentos de culpa; sempre a tentar justificar ou explicar a posição e os sentimentos de cada um Fechado: Sentimentos de culpa bloqueados; pode aceitar as expectativas próprias sem as compreender


5)Localização: De ambos os lados do chacra do coração compassivo Função: Ajuda a fortalecer a nossa capacidade de dar e receber amor e ter consciência do nosso EU SOU no processo do amor Muito Aberto: Poderá sentir uma necessidade excessiva de amar os outros, ou de ser amado pelos outros Fechado: Não se atrever a amar ou achar que não vale a pena amar ou ser amado; os bloqueios do lado direito relacionam-se com as atitudes perante o amor; os bloqueios do lado esquerdo estão associados aos sentimentos de amor.



Chacras Secundários III


1)Localização: Abaixo da cintura, sobre a coluna, nas costas Função: Força emocional; ajuda a equilibrar as emoções; contribui para a sensação de se ter espinha dorsal Muito Aberto: Impor a própria vontade aos outros por meios emocionais; excessivamente enérgico Fechado: Fraco de vontade; fácil de ser emocionalmente manipulado pelo outros


2)Localização: Na parte inferior das costas, acima do chacra basal e abaixo da cintura Função: Pensar ou raciocinar acerca dos sentimentos; humor e aceitação da vida Muito Aberto: Excessivamente preocupado com os sentimentos Fechado: Sem sentido de humor; toma muito a sério os sentimentos e o EU


3)Localização: Base do cérebro, medula oblongata Função: Estimula a compreensão divina; consciência beatífica de si próprio como sendo uno com Deus; harmoniza a compreensão dos conhecimentos nos níveis inferiores e do plano divino na vida de cada um Muito Aberto: Preocupado com os níveis mais elevados, em detrimento do nível humano Fechado: Preocupado com o nível humano e a consciência mundana da vida


4)Localização: Glândulas supra-renais (no alto dos rins) Função: Autopreservação; consciência da necessidade de luta ou vôo; ação ao nível do EU SOU; distribuição ordenada de forças para um corpo saudável Muito Aberto: Excessivamente preocupado com a luta ou os vôos, ou com achar o seu caminho


enviado por Márcia Ávila

Ayurveda para tratar ansiedade



O Ayurveda como caminho para o bem-estar
A ansiedade é um estado emocional desagradável de aflição, com sentimento de medo ou angústia apesar da inexistência de uma ameaça óbvia. Caracteriza-se pela apreensão e pela preocupação. Alguma ansiedade é normal; transforma-se um problema quando interfere com nossas atividades habituais. De acordo com Ayurveda, a ansiedade é um sinal clássico do desequilíbrio no corpo. A ansiedade, o estresse e a tensão prolongados afetam o sistema nervoso e podem causar muitas outras complicações.
Alguns sintomas de ansiedade são: incapacidade de relaxar, instabilidade emocional, irritabilidade sem razão aparente, dor de cabeça frequente (geralmente relacionada à tensão), insônia, palpitações (taquicardia), etc..
No modo de pensar ayurvédico, não tratamos a ansiedade propriamente dita, mas o desequilíbrio original. Assim, segundo o Ayurveda a ansiedade é conseqüente ao desequilíbrio de Vata. A ansiedade é apenas um dos sinais de desarmonia, podendo vir acompanhada de vários outros, confirmando o diagnóstico: insônia, agitação, fadiga, falta de apetite e impaciência seriam sinais comportamentais de que o indivíduo está apresentando um desequilíbrio de Vata. É importante desenvolver a idéia de que o Ayurveda trata a pessoa, não a doença.
O objetivo de qualquer tipo de terapêutica ayurvédica para combater a ansiedade é pacificar o dosha Vata, que por natureza tem qualidades de secura e frio. Assim, resumidamente, submete-se o paciente a uma rotina diária/tratamento gerador de calor e umidade para contrabalançar o agravamento de Vata. Esta rotina/tratamento envolve basicamente a alimentação (que atuará através dos sabores indicados para acalmar Vata – doce, ácido e salgado) e a fitoterapia (utilizando-se plantas amornantes (potência quente) e tirando partido das propriedades calmantes também). A massoterapia entra também neste arsenal terapêutico para promover o relaxamento geral do organismo, tranqüilizar a mente, promover o sono, entre outros. O Yoga e a meditação são outras duas importantes vertentes na busca pelo equilíbrio e são práticas extremamente benéficas para pessoas de natureza Vata. As pessoas com alto grau de ansiedade, porém, não conseguem fazer meditação. É preciso inicialmente que sejam submetidas a um tratamento prévio para diminuir o nível de ansiedade antes de iniciarem tal prática.
Através da análise dos humores biológicos (Vata, Pitta, Kapha) é possível dizer que tipo de pessoa é mais suscetível a desenvolver quadros de ansiedade; as pessoas do tipo Vata têm mais facilidade para ficarem ansiosas. Isso é devido à sua constituição em termos de 5 elementos: Vata é formado por ar + éter. O dosha com maior probabilidade de desequilibrar é o que domina o organismo. Isto quer dizer que pessoas do tipo Vata predominante (Vata-Pitta ou Vata- Kapha, por exemplo) devem tentar ao máximo manter distância de situações ou experiências que agravem este dosha. Ex: situações de extremo estresse, exaustão física, excesso de atividade mental, alcoolismo, fumo, drogas, mudanças repentinas (clima, moradia, hábitos), alimentação muito seca, crua e fria, falta de disciplina (horários) na vida diária etc. Sabemos que os 3 doshas (Vata, Pitta e Kapha) coexistem dentro de nós; mesmo que a pessoa não apresente o Vata predominante em sua constituição, desses três, o Vata é o mais sensível e com mais possibilidade de desequilibrar.
O que estas pessoas podem fazer para perceber que estão entrando em um quadro de ansiedade e como evitar? Primeiramente devem evitar situações como as descritas acima. Paralelamente podem adotar hábitos alimentares, em primeiro lugar, que acalmem o dosha Vata – alimentos mornos, oleosos, cozidos e com os sabores doce, ácido e salgado preferencialmente. Estes sabores podem ser considerados “ansiolíticos”. Alimentos frios, secos, crus e com sabores picante, amargo e adstringente ajudam a desequilibrar, contribuindo para agravar estados ansiosos
Quando é a hora de procurar auxílio médico? Mais importante que apenas aliviar temporariamente os sintomas é tratar a raiz do problema. Desse modo, o momento ideal para buscar o auxílio do Ayurveda é quando se está bem. O melhor remédio é a prevenção!
O nível de ansiedade pode aumentar quando a pessoa é adepta de uma dieta rica em alimentos refinados (particularmente açúcar). O estresse mental ou emocional. A ansiedade pode ser corrigida sem recorrer às drogas ou às dietas artificiais. O Ayurveda oferece um plano simples, coerente e natural às pessoas que buscam um caminho para controlar a ansiedade. Trata-se de um sistema completo de cuidado preventivo da saúde com benefícios comprovados ao longo de milhares dos anos na India.


enviado por Márcia Ávila

Doshas



Doshas A visão exclusiva da Ayurveda sobre a constituição psicofísica dos seres humanos

Para a Ayurveda existem cinco forças da natureza que se combinam dinamicamente para formar o nosso organismo: éter (ou espaço), ar, fogo, água e terra. Esta combinação, chamada Prakritti (ou dosha), organiza todas as funções físicas, mentais e emocionais necessárias para a vida. O modo como vemos, pensamos e sentimos são a nossa prakrutti - o resultado da combinação única dessas energias sutis.
Descobrir a nossa prakritti é uma oportunidade para entender melhor a nossa individualidade. Ao nos familiarizarmos com a nossa natureza, aprendemos a nos manter em harmonia, conquistando uma vida equilibrada, bem estar, saúde e beleza.
Todas as formas de vida combinam os três doshas, cada qual de maneira única, portanto, não é necessário termos 33,3% de cada dosha para que nossa natureza seja boa – toda prakriti é boa quando equilibrada.
Ao ler o texto abaixo procure se identificar de acordo com a maneira como se sentiu e agiu instintivamente na maior parte da sua vida. Mas não tire conclusões precipitadas ou definitivas sobre si mesmo. Esse informativo serve somente para despertar o conhecimento sobre os Doshas. Para uma avaliação precisa, consulte um especialista.
VATA (Éter + Ar)
Corpo
O indivíduo do tipo Vata tem estrutura leve e flexível. O corpo é pequeno, os músculos são suaves, é pouco gorduroso com tendência a ser magro ou a estar abaixo do peso. Aparenta ser “tão alto” ou “tão baixo” frequentemente. Sua aparência física é pouco desenvolvida. Com peito “chapado”, demonstra pouca força e menos resistência do que os outros doshas. As veias costumam ser proeminentes.
Sua pele tem tendência a ser seca e com rugas. A circulação é pobre e, como resultado, as mãos e pés são frios. Em função do dosha ser frio, seco, leve e móvel, o Vata tem falta de material isolante (tecido gorduroso abaixo da pele). Ele se sente desconfortável no clima frio, especialmente se está seco e ventando, e prefere a primavera e o verão.
Outras características físicas de uma pessoa Vata incluem olhos pequenos e sem brilho, secura, cabelos finos (enrolados, ondulados), pele e unhas secas e ásperas, juntas rachadas, dentes irregulares, quebradiços ou protuberantes.
Alimentação
Tem apetite e digestão variáveis. Come depressa e em pouca quantidade, o que tende a desequilibrar e agravar o dosha. É atraído por alimentos adstringentes, como saladas e vegetais, mas o seu corpo precisa dos sabores doce, ácido e salgado. Alimentos crus agravam o Vata mais do que equilibram. Costuma sofrer de dificuldades com a digestão e problemas com a absorção de nutrientes. Tem tendência a produzir urina escassa e as fezes são duras, secas e em pouca quantidade. A constipação intestinal é uma das características mais comuns.
Perfil
Como o vento, o Vata tem grande dificuldade em estabelecer “raízes”. A palavra Vata deriva de uma raiz que significa “mover” e isso dá uma importante pista sobre as características desse dosha. Como o princípio é o da mobilidade, Vata provê a força motora para todas as funções e processos mentais e físicos, regulando todas as atividades do corpo, do número de pensamentos que temos a quanto rápido e eficientemente o alimento se move no trato digestivo.
As pessoas de Vata são imprevisíveis. Sua variabilidade – de tamanho, forma, disposição de ânimo e ação – é a característica que o distingue. A sua energia física e mental se manifesta aos arrancos. Os indivíduos desse tipo tendem a andar depressa, ter fome a qualquer hora, amar a excitação e a mudança, ir dormir numa hora diferente a cada noite, pular refeições e digerir bem a comida em um dia e mal no dia seguinte.
Psicologicamente, o Vata é abençoado com uma mente rápida, flexível e criativa. Tem uma excelente imaginação e se sobressai pelas ideias inovadoras. Quando está em equilíbrio é alegre, jovial e feliz. Tende a falar muito e rapidamente. É facilmente excitado, alerta e reage com velocidade, mas não pensa demais antes de agir. Por isso, costuma dar respostas e ter reações impulsivas e equivocadas ou tomar decisões erradas com grande confiança.
Uma de suas principais características é a disposição para mudanças ou para mudar as coisas de lugar e dificuldade para estabelecer relacionamentos. Ele, freqüentemente, muda a mobília, a casa, o emprego, a cidade, e se sente facilmente entediado, instável e desmotivado. Não gosta de ficar no mesmo lugar por mais de um ano! Sua fé também é variável.
O Vata está sempre com pressa e caminha rápido. Devido ao atributo mobilidade, não gosta de ficar à toa e prefere o movimento, viagens, por exemplo. Não fazer nada é uma punição para ele, que é atraído por corridas, saltos, atividades vigorosas. No entanto, como tem pouca resistência pode ficar facilmente cansado ou exausto.
O Vata é um ser amável, se conseguir amar alguém sem medo e isolamento. Na verdade, o medo é um dos sintomas de desequilíbrio e um Vata costuma sentir medo da solidão, do escuro, de altura e de lugares fechados. Ansiedade, nervosismo e insegurança também são comuns. Ele é preocupado, pouco tolerante e pouco corajoso.
Também é inclinado a muita atividade sexual, mas esse excesso pode provocar o seu desequilíbrio. Tem dificuldade em manter o sexo prolongado e os homens podem ter tendência à ejaculação precoce. Os indivíduos deste tipo dormem menos do que os outros doshas e têm tendência ao sono interrompido, a insônia, especialmente quando está desequilibrado. Porém, mesmo assim, acorda alerta e pronto para o dia.
Clareza também é um dos atributos de Vata, que pode ser sensitivo e clarividente. Com a sua mente clara e imaginação fértil, agarra-se facilmente às novas ideias. Mas com a mesma facilidade com que se empolga com as novidades pode esquecê-la.
O Vata tende a fazer dinheiro rápido e gastá-lo por impulso ou em “bagatelas”. É capaz de ir a um mercado de quinquilharias e voltar pra casa com um monte de “porcarias”. Não é um bom poupador nem planejador financeiro, o que pode resultar em problemas econômicos.
Desequilíbrios
Da maneira como o Vata funciona (é atrasado para viajar, sem rotina, com estímulos contínuos, com mudanças freqüentes), pode facilmente desequilibrar o dosha e levá-lo a desordens como constipação, gases intestinais, fraqueza, artrites, pneumonia, pele, lábios, cabelos, calcanhares e mamilos ressecados ou rachados, desordens do sistema nervoso, tiques nervosos, confusão mental, palpitação e falta de ar, assim como tensão e rigidez muscular, dores na região lombar e ciática. Quando está em desequilíbrio, é difícil restabelecer sua harmonia.
Vata em excesso provoca hiperatividade mental, impaciência e é o principal fator desencadeante de TPM. Quando o período menstrual se aproxima, a mulher tende a ter inchaço, dor das costas, cólica ou dores abdominais, nas panturrilhas, insônia, ansiedade, medo e insegurança.
Estímulos auditivos, drogas, açúcar, cafeína e álcool desequilibram o dosha, assim como a exposição a lugares e alimentos frios. O tipo Vata é facilmente agravado pelo mau uso dos sentidos. Música muito alta, iluminação inadequada e uso excessivo do computador são fatores que agravam seu estado. Apesar de ser naturalmente atraído por novas experiências, deve destinar algum tempo a
atividades calmantes, criativas como pintura, costura etc.
As estações frias, secas e com vento, como o outono, tendem a agravá-lo. O Vata precisa se agasalhar, comer alimentos quentes, nutritivos, levemente oleosos. Banhos quentes e com vapor, umidificadores e hidratantes em geral ajudam a manter o equilíbrio. Em geral, também sente alivio com saunas (úmidas e quentes).
Para conquistar o equilíbrio, precisa introduzir rotina na sua vida e mantê-la, o que é um dos objetivos mais difíceis a serem alcançados por este dosha. Com o auxílio da regularidade, principalmente na alimentação e nos horários de dormir e acordar, poderá diminuir desconfortos causados por excesso de Vata, como insônia e exaustão. A rotina deve ser mantida mesmo quando a energia estiver boa. O Vata está freqüentemente correndo e estafado, incapaz de prestar atenção às tarefas corriqueiras, freneticamente fazendo várias coisas ao mesmo tempo ou falando excessivamente, pulando de assunto o tempo todo. Ao desacelerar e dar a si mesmo tempo para pensar, o Vata alcançará tudo o que precisa e se sentirá menos cansado.
Características principais:
• Constituição física leve, esguia e magra (ossos finos e protuberantes);
• Executa rapidamente as atividades, anda com passos rápidos;
• Fome e digestão irregulares;
• Tem sono leve e interrompido, tendência para a insônia (com pico às 4 h);
• Entusiasmo, vivacidade, imaginação;
• Excitabilidade, mudança de humor;
• Capta rapidamente novas informações, mas também esquece rápido;
• Tendência a se preocupar, nervosismo e medo;
• Tendência a ter prisão de ventre;
• Fica cansado rapidamente, tendência a se esforçar demais;
• A energia física e mental se manifesta aos arrancos;
• Reage ao mundo pelo tato;
• Pele seca e escurecidas nas articulações;
• Desenvolve rigidez, artrites e dores generalizadas;
• Grande flexibilidade e agilidade na juventude, mas baixa energia;
• Cansaço fácil, tendência à exaustão;
• Problemas de coluna (escolioses);
• Mantém hábitos irregulares, omitir refeições, dormir em horários variáveis;
• Ama a agitação e as constantes mudanças;
• Digere bem a comida num dia e mal no outro;
• Tem crises emocionais de curta duração e que são logo esquecidas.
O Vata deve no seu dia-a-dia:
• Procurar a estabilidade, regularidade, segurança e a profundidade;
• Manter a rotina;
• Olear a pele;
• Fazer exercícios suaves;
• Descansar adequadamente, ter boas horas de sono;
• Educar e nutrir os sentidos;
• Manter a calma;
• Evitar alimentos crus e frios e comer alimentos quentes e picantes;
• Evitar temperaturas excessivamente frias e manter-se aquecido.
Em relação às cores, o Vata deve minimizar o uso das escuras e frias como azul, marrom e preto. Também não deve usar as muito vívidas e fortes, que podem hiperestimulá-lo. As melhores cores são os tons pastéis, amarelados e esverdeados, tomando muito cuidado com laranja e vermelho.
PITTA (Fogo + Água)
Corpo
É do tipo mediano em estatura e estrutura embora alguns indivíduos possam ser esbeltos com uma aparência delicada. Eles raramente ganham ou perdem muito peso. O seu desenvolvimento muscular é moderado e costumam ser mais fortes fisicamente do que os Vata. Os olhos são claros e podem ser acinzentados, verdes, castanho-acobreados e proeminentes. Esse indivíduo tende a ter uma pele corada, rosada, e pode ter cabelos vermelhos, com tendência a serem sedosos. O Pitta pode tornar-se precocemente grisalho ou calvo, podendo ter uma grande e bonita cabeça completamente careca!
Sinais e sardas são comuns na pele Pitta, que tende a ser oleosa, morna e menos enrugada do que a pele de um Vata. Os dentes são pontudos, levemente amarelados e as gengivas tendem a sangrar.
A temperatura normal do Pitta é ligeiramente alta e os pés e mãos costumam ser quentes e suados. O Pitta se sente confortável numa temperatura em que o Vata e o Kapha já estão com frio. O Pitta transpira mesmo quando a temperatura não está muito elevada. Já um Vata não transpira mesmo no calor extremo. Sua transpiração costuma ter odor forte de enxofre e ácido, principalmente nos pés, onde pode ter mau cheiro.
Alimentação
O Pitta tem forte apetite, metabolismo e digestão. Consome grandes quantidades de comida e bebida e produz grande quantidade de fezes e urina, que tendem a ser amareladas e suaves. Quando está em desequilíbrio, deseja pratos quentes e picantes, que não são adequados para seu biotipo. Os sabores indicados são o suavemente doce, amargo e adstringente. Quando sente fome, precisa comer logo, caso contrário, pode ficar irritado e hipoglicêmico.
Perfil
A palavra Pitta deriva da expressão em sânscrito Tapa, que significa austero, inflamado. O Pitta tem pouca tolerância à temperatura quente, luz do sol ou trabalho físico pesado. Embora o Pitta seja “quente” o apetite sexual não é muito forte e pode usar o sexo para liberar sua raiva.
O Pitta é inteligente, alerta, aguçado, ácido e tem grande poder de compreensão e concentração. O intelecto é penetrante e a memória é afiada, lógica, investigativa e argumentativa. É voraz por conhecimento e tem grande capacidade de liderança e organização. Tem forte habilidade administrativa e gosta de estar em posição de liderança. É bom planejador, ambicioso e disciplinado. Agressivo por natureza, facilmente toma frente das situações. Também tem tendência para a política, pois tem forte carisma e as outras pessoas são atraídas por ele.
A intensidade é a principal característica do tipo Pitta que tende a ser ambicioso, franco, ousado e com tendência a ser argumentador ou ciumento. Perfeccionista apega-se aos detalhes do processo, perdendo o foco ou a sensibilidade de perceber os resultados positivos. O Pitta pode achar que a sua missão é “salvar o mundo”. Gosta de mergulhar profundamente nos problemas e descobrir soluções. Sua cabeça está sempre trabalhando e a busca por soluções de problemas e enigmas de qualquer tipo são um atrativo. Também tende a ser bom orador.
O Pitta é noturno, ficando alerta em torno da meia-noite e gosta de ler ou estudar até tarde. É atraído por profissões nobres como medicina, engenharia, direito e por situações de competição física e mental. Por isso, deve evitar atividades de competição one-to-one.
É organizado e, normalmente, programa a rotina dos que estão à sua volta. O quarto de um Pitta está sempre limpo e arrumado, as roupas são arrumadas em seus devidos lugares, os sapatos estão em ordem e os livros são organizados de acordo com a espessura ou outro sistema definido.
Tem a tendência a ser preciso em seus planos, o que o ajuda a alcançar os objetivos. Deve evitar ser tão rígido e investir tempo em fazer coisas sem um objetivo específico somente pelo prazer de fazê-las. Caminhadas relaxantes são indicadas e deve evitar esportes de competição. Ficar exposto à luz da lua é um excelente suavizante para o tipo Pitta.
O Pitta é de alguma forma sábio e brilhante, mas também pode se tornar controlador e dominador, com tendência a comparação, agressividade, julgamento, meticulosidade e perfeccionismo. Tudo tem que ser feito na hora certa e corretamente! Nunca abre mão dos seus princípios e, às vezes, tende ao fanatismo e à crítica, especialmente quando o dosha está agravado. Se não houver outro alguém pra criticar, o Pitta criticará e julgará a si mesmo.
Mas o lado combativo de Pitta não precisa se expressar de uma forma extravagante ou grosseira. Quando equilibradas, as pessoas Pitta são calorosas, carinhosas e satisfeitas. É extremamente Pitta ter um andar determinado, sentir-se extremamente faminto se a refeição atrasar meia hora, acordar à noite sentindo sede, viver em função do relógio e se ressentir de desperdiçar o tempo.
O tempo de vida do Pitta é moderadamente longo. Esse indivíduo gasta muita energia vital com excesso de atividade mental, perfeccionismo, agressividade e a busca incessante pelo sucesso. Ele tem profundo medo por fracassar, não aceita as palavras não e fracasso e pode se tornar altamente estressado. É o tipo workaholic.
O Pitta se empenha para ter sucesso material e prosperidade. No entanto, gasta mais do que acumula. Gosta de viver em casas luxuosas e dirigir carros chiques, de usar bons perfumes, jóias, pedras, e outros itens para exibir os seus bens.
Desequilíbrios
O dosha Pitta governa a digestão e o metabolismo e é responsável por todas as transformações bioquímicas que ocorrem no corpo. Também está estreitamente envolvido com a produção de hormônios e enzimas. O Pitta no corpo é comparado ao princípio do fogo na natureza – ele queima, transforma e digere.
Um número grande de fatores pode agravar Pitta. Um é simplesmente comer alimentos muito apimentados, incluindo pimenta preta, cayenne e curry. Também não são indicadas as frutas e o vinho ácidos, iogurtes e o fumo. Comer frituras e alimentos gordurosos como, por exemplo, manteiga de amendoim pode gerar náusea e dor de cabeça. Trabalhar próximo ao fogo ou sob o sol também agrava o dosha.
As doenças de Pitta costumam estar relacionadas aos princípios do fogo e calor como febre, inflamações, indigestão ácida, fome excessiva, icterícia, transpiração profusa, erupções cutâneas, sensações de queimação, úlceras, queimação nos olhos, colites e inflamações na garganta. Todas são desordens do tipo inflamação e causadas pelo excesso de Pitta, que também é suscetível a queimaduras de sol.
O verão é o período mais difícil. O calor úmido pode facilmente causar desequilíbrio. O calor corporal aumenta e tornando-o mais suscetível às doenças e desequilíbrios. Também pode se sentir irritado, agitado e raivoso. A mente aguçada pode se tornar hipercrítica e julgadora. O ciúme, a inveja e a cobiça podem ser despertadas. O Pitta precisa ficar frio!
O sono do Pitta é de média duração, porém ininterrupto e profundo. Levantar durante a noite para urinar e sentindo sede são sinais de desequilíbrio. O Pitta é ávido por conhecimento e gosta de ler antes de dormir, mas, frequentemente, dorme com o livro sobre o peito.
A mulher Pitta tende a menstruar cedo, possivelmente antes dos 10 anos. Os sintomas de TPM incluem inchaço nas mamas e sensação de queimação ao urinar.
O dosha tende a levar a energia vital para a mente. Portanto, o excesso de uso da mente pode ser prejudicial e agravante.
Características principais:
• Constituição física média, boa musculatura e circulação e boa lubrificação da pele e das articulações;
• Força e resistência médias;
• Andar com passos determinados;
• Muita fome, muita sede e boa digestão;
• Tendência à raiva e irritabilidade sob tensão;
• Pele clara ou rosada, freqüentemente sardenta;
• Aversão ao sol e ao calor;
• Caráter empreendedor, aprecia os desafios;
• Inteligência aguçada;
• Fala precisa e articulada;
• Não consegue pular refeições;
• Cabelo louro, castanho ou ruivo (ou com nuanças avermelhadas) e tendência a ficar grisalho muito cedo;
• Temperamento empreendedor, gostar de desafios;
• Ambicioso, irritável, calor excessivo, tendente a argumentação;
• Caloroso e ardente nas emoções, quando equilibrado;
• Sudorese abundante e odor no corpo;
• Reage ao mundo visualmente;
• Viver em função do relógio e detestar desperdiçar o tempo;
• Acordar à noite sentindo calor e sede;
• Assumir o comando de uma situação ou sentir que deveria fazê-lo;
• As outras pessoas às vezes o acham por demais exigente, sarcástico ou crítico.
O Pitta deve no seu dia-a-dia:
• Praticar relaxamento, rendição, perdão, gentileza, be cool;
• Buscar os objetivos sem pressionar e cobrar demais de si mesmo;
• Preferir a crítica construtiva no lugar do confronto;
• Praticar exercícios e atividades não competitivas;
• Manter-se calmo;
• Atividades externas com desafio, contato com a natureza;
• Evitar o calor excessivo;
• Evitar óleo em excesso;
• Evitar ficar raivoso e furioso;
• Limitar o consumo de sal;
• Comer alimentos refrescantes e não picantes;
• Se exercitar na parte mais fresca do dia;
• Praticar a entrega real, deixar a vida acontecer
Em relação às cores, são indicadas as frias e suaves como azul, lilás, violeta, prata e azul-esverdeado. Usar vermelho e laranja com parcimônia, minimizar amarelo e laranja e evitar o preto.
KAPHA (Terra + Água)
Corpo
O dosha Kapha é responsável pela estrutura do corpo. O Ayurveda diz que Kapha está relacionado com os princípios da terra e da água na natureza. É tipicamente pesado, estável, firme, frio, oleoso, lento, inerte e macio e as pessoas do tipo Kapha se caracterizam por essas qualidades materiais.
O indivíduo do tipo Kapha é abençoado com um corpo forte, saudável e bem desenvolvido. O tronco é largo e expandido, os músculos são fortes e largos e os ossos pesados. Com essa forte constituição, formada predominantemente por elementos da terra e água, o Kapha tende a ganhar peso e ter dificuldade para perdê-lo, podendo ter sobrepeso e ser bochechudo. Para complicar mais a situação, o Kapha geralmente tem a digestão e o metabolismo lentos.
O Kapha tem muita energia vital, resistência e normalmente é saudável e forte. A pele é macia, lisa, lustrosa e espessa, com tendência oleosa. Os olhos são negros ou escuros, grandes e atraentes, com longas e grossas sobrancelhas e cílios. O branco dos olhos é completamente branco. Os dentes são brancos, largos e fortes. O cabelo tende a ser escuro, macio, lustroso, cacheado e abundante. Normalmente tem muito pêlo no corpo.
Alimentação
O apetite do Kapha é regular e constante e a digestão é lenta. Ele pode pular refeições ou trabalhar sem se alimentar, quando seria muito difícil para um Pitta se concentrar ou dedicar sem comer.
Geralmente é atraído por alimentos doces, salgados e oleosos como chocolate e biscoitos, que contribuem para a retenção de água e aumento no peso corporal. Os sabores ideais pra sua dieta são o amargo, adstringente e picante.
Perfil
A característica básica do tipo Kapha é "relaxado". O dosha gera estabilidade e regularidade. Ele fornece a força e a resistência física que definem a estrutura robusta das pessoas desse tipo. Elas são consideradas afortunadas no Ayurveda porque, por via de regra, gozam de excelente saúde e expressam uma visão do mundo serena, feliz e tranqüila. É extremamente Kapha ruminar as coisas durante um longo tempo antes de tomar uma decisão, dormir profundamente e levantar devagar, buscar conforto emocional na comida, mostrar-se feliz com o status quo e tranquilizar os outros para preservá-lo.
O Kapha é lento, estável e constante em todos os aspectos. Esse indivíduo anda e fala devagar e o seu discurso pode se tornar monótono. Também come devagar e demora a decidir-se e agir. Ele se move lenta e graciosamente. Em função do peso, sente-se geralmente lento pela manhã e pode sentir dificuldade para acordar sem um copo de café ou chá. Este indivíduo não é um ser matinal, preferindo o meio-dia. Pode ter vontade de um “cochilo” à tarde, após o almoço, pois se sente letárgico após uma refeição completa. Infelizmente, dormir durante o dia agrava o dosha e não é recomendável. O Kapha pode ser lento pra compreender, mas, uma vez que entende, o conhecimento estará permanentemente retido na sua memória, que é forte e de longa duração.
Apesar da sua boa constituição e resistência, evita praticar atividade física. Os exercícios vigorosos seriam bons, mas ele prefere sentar, comer e não fazer nada. Em vez de correr, gosta de caminhar lentamente. A natação não é um bom esporte para este tipo, pois o seu corpo absorve muita água. Quando pratica exercício, logo sente fome e procura comer após a prática. Depois de malhar, ele corre para um restaurante ou lanchonete.
O Kapha é abençoado com uma grande disposição para o amor. Sua natureza é paciente, pacífica, tolerante, carinhosa, compassiva. Sabe perdoar e adora abraçar as pessoas. A fé espiritual é profunda e duradoura e a mente é calma e estável.
Um dos atributos predominantes de Kapha é a suavidade, que se manifesta por meio de uma pele e cabelos macios, um discurso pacífico e tranquilo, uma natureza suave, gentil e amável. Um Pitta parece ser penetrante e afiado, o Vata parece ser disperso, mas um Kapha parece ser calmo, estável e “pé no chão”. Ele ou ela está aqui e agora!
O Kapha é clemente e sabe perdoar. Uma vez que você ferir seus sentimentos ele o perdoará, mas nunca esquecerá. Ele lhe dirá: uma vez, em 20 de janeiro de 19xx, às três horas da tarde, nós estávamos tomando café e você me disse algo que me magoou, mas eu o perdôo.
A tendência para a estabilidade e ser “pé no chão” o ajuda a poupar dinheiro. As suas extravagâncias são de pouca importância, gasta com alimentos como queijos, doces e tortas.
O apetite sexual do Kapha é constante, gosta de praticar sexo por horas, sem dispersar a energia, conseguindo reter o orgasmo ou a ejaculação por longos períodos. Pode ser difícil atrair a vontade do Kapha para o sexo, mas, uma vez atraído, ele estará pronto para um longo “jogo”.
Desequilíbrios
O dosha é agravado por alimentos da mesma natureza Kapha como frutas doces, melões, doces, biscoitos, iogurtes e outros produtos triviais. Comida fria ou congelada, água gelada, dormir durante o dia, e ficar sem fazer nada também agravam Kapha. O trabalho sedentário, especialmente quando o indivíduo passa longos períodos sentado à mesa de trabalho, acumulam Kapha no organismo. O excesso de Kapha e a digestão e metabolismo lentos podem gerar sobrepeso para o indivíduo.
Em função do metabolismo baixo, o Kapha, que se mantém estável, aproveita vida longa, mais do que os outros doshas, que tendem a queimar a energia mais rapidamente. Quando o Kapha está em desequilíbrio e agravado, o indivíduo pode ser tornar obeso, uma das principais causas de diabetes, hipertensão e doenças do coração. Com essas doenças, nenhum dosha consegue ter vida longa.
Sua evacuação é lenta e as fezes tendem a ser pálidas e leves. A transpiração é moderada, maior do que a do Vata e menor do que a do Pitta. O sono é profundo e prolongado.
O pior período do ano para o Kapha é o inverno e o início da primavera, quando a umidade está alta e a temperatura é baixa. O Kapha se acumula no organismo causando desequilíbrios de ordem emocional, mental e física. Os problemas físicos são relacionados com os atributos da água como resfriados, gripes, sinusites e outras desordens envolvendo muco como, por exemplo, a bronquite. A preguiça, excesso de peso, diabetes, retenção de água, sinusites e dores de cabeça também são comuns.
Emocionalmente, quando o Kapha está desequilibrado, sofre de avareza, apego, inveja, possessividade, luxúria, preguiça, levando a depressão Kapha (inércia). Curiosamente, o Kapha pode ser agravado na lua cheia porque há a tendência para a retenção de água neste período.
A mulher Kapha pode sofrer de TPM, ficando muito sensível emocionalmente e apresentando retenção de água, aumento de secreção vaginal (tipo corrimento esbranquiçado) e excesso de urina. Pode se sentir apegada, gananciosa e avarenta, letárgica e sentirá mais sono do que o habitual.
O Kapha costuma ter uma rotina e não gostar de alterá-la. É indicado revisar essa rotina e fazer pequenas mudanças pra não ficar tão preso aos mesmos hábitos, na inércia.
Características do tipo Kapha:
• Constituição física sólida e poderosa, grande força e resistência físicas;
• Energia uniforme, movimentos lentos e graciosos;
• Andar leve, mesmo com excesso de peso;
• Personalidade tranqüila e relaxada, custa a ficar zangado;
• Pele fria, suave, espessa, pálida e frequentemente oleosa;
• Custa a captar novas informações, mas depois que as assimila costuma retê-las bem;
• Sono profundo e prolongado;
• Acordar vagarosamente, ficar na cama muito tempo e necessitar de café pra acordar;
• Tendência para a obesidade, buscar consolo emocional nos alimentos;
• Digestão lenta, fome moderada;
• Afetuoso, tolerante, magnânimo, generoso;
• Tendência a ser possessivo,
• Auto-satisfação;
• Meditar muito tempo antes de tomar decisões;
• Ser feliz com a situação existente e preservá-la conciliando os que o rodeiam;
• Respeita os sentimentos das outras pessoas (com relação às quais sente uma genuína empatia).
O Kapha deve incluir no dia-a-dia:
• Estímulos, austeridade e atividade;
• Variar a rotina;
• Atividades física e mentalmente estimulantes;
• Praticar exercícios vigorosos diariamente;
• Acordar cedo e dormir tarde;
• Manter-se aquecido;
• Evitar alimentos pesados, oleosos e laticínios;
• Manter a atividade;
• Evitar bebidas e alimentos gelados;
• Comer alimentos leves, secos e quentes.
Em relação às cores, deve usar as luminosas, vivas e fortes como o vermelho, laranja, amarelo e dourado.
CARACTERÍSTICAS DOS BI-DOSHAS
PITTA-VATA OU VATA-PITTA
A composição desse biotipo gera, em comum, o atributo “leve”, que se reflete física, mental e espiritualmente. O tipo Pitta-Vata é muito admirado pela sociedade moderna, pois combina a criatividade do Vata com o poder de realização do Pitta. São profissionais eficientes e criativos, indivíduos adaptáveis e comunicativos. São pessoas amistosas e falantes, mas bem mais decididas do que quem é um puro Vata. O intelecto também é mais focado e aguçado. Elas têm maior energia, eliminação mais regular e circulação rápida. Toleram melhor o frio e são menos sensíveis às mudanças do ambiente. Porém, podem ser muito sensíveis e não estar preparados para a “frente da batalha”. Os movimentos são rápidos e enérgicos.
Aceitam desafios e enfrentam os problemas com entusiasmo e, algumas vezes, até com agressividade. Muitas vezes, acumulam as características do medo e da raiva dos dois doshas ao mesmo tempo.
As terapias de consciência corporal são muito benéficas para esse biótipo, que pode sofrer de aspereza, falta de afeto, falta de nutrição (doces). É preciso incrementar os elementos terra e água.
PITTA-KAPHA OU KAPHA-PITTA
A composição desse biótipo gera o atributo “oleoso”, que se reflete física, mental e espiritualmente. Os indivíduos dessa constituição agem intensamente como o Pitta e apresentam estrutura física sólida como o Kapha. São mais musculosos do que os tipos Pitta-Vata. Têm corpo adequado à prática de esportes, pois combinam a energia do Pitta com a resistência e esforço do Kapha. Não gostam de pular refeições e geralmente gozam de boa saúde. Mesclam a estabilidade de Kapha e a força de Pitta, com tendência a julgar, criticar e acumular raiva. Têm grande energia.
O Pitta tem uma relação de prazer e afeto com a comida. Ele usa a comida como símbolo de comemoração e agrada os outros através dela. O cômodo mais social da sua casa é a cozinha (bem organizada, bonita e eficiente). O Kapha encontra consolo emocional na comida e, ao menor sinal de possibilidade de perda, reserva o máximo de energia. É retentor, pegajoso e “gruda” afetivamente. Essa combinação pode ser perigosa e gerar compulsão pela comida, sobrepeso e todas as suas conseqüências. É fundamental reduzir o óleo na alimentação e ter cuidados redobrados na primavera/verão.
O Kapha precisa aprender a deixar a vida fluir, sem grandes apegos. Já o Pitta precisa aprender a ser flexível, que o mundo não precisa dele e dos seus métodos pra acontecer.
Esse biotipo tenta controlar os outros por meio da simpatia, pode se tornar possessivo, não diz não para não desagradar e correr o risco de perder as relações e pode fazer falsa caridade.
KAPHA-VATA OU VATA-KAPHA
O Kapha é pesado, estável, oleoso e paciente enquanto o Vata é leve, instável, ressecado e ansioso. A combinação desses atributos é a mais contraditória de todas. A composição desse biótipo gera, em comum, o atributo “frio”, que se reflete física e psicologicamente.
A tendência à instabilidade e explosões do Vata é reduzida pela estabilidade do Kapha. Não são pessoas com sobrepeso como o tipo Kapha puro, mas são mais fortes e resistentes fisicamente do que o tipo predominantemente Vata. A somatória do frio de Vata e Kapha determina uma intolerância às baixas temperaturas e uma tendência ao resfriamento do organismo (afetando o sistema respiratório, por exemplo). A presença do Vata, ainda que secundariamente, pode trazer instabilidade física e psicológica, como digestão fraca e confusão emocional.

Referências bibliográficas:
Judith H. Morrison – The book of Ayurveda
Dr. Vasant Lad – The Ayurvedic Home Remedies e Ayurveda – a ciência da autocura
David Frawley – The Yoga of Herbs

enviado por Márcia Ávila

Aloe Vera - Babosa

"A planta é conhecida na Índia como curandeira silenciosa.

Em sânscrito aloe vera é kumari e em português, é babosa. Segundo o Ayurveda, a aloe vera é uma das plantas com o potencial de ação mais ampla. Fundamentalmente é usado para as desarmonias apresentadas pelo dosha Pita, pois atua na desobstrução dos órgãos: fígado, pâncreas, intestino delgado e também os tecido sangue – (rakta), sendo assim, não podemos descartar a hipótese que o aloe também atua nos outros doshas.
São atribuídas as propriedades para a Aloe como adstringentes, analgésicas, anti-hemorráica, antiinflamatória, antisséptica, bactericida, cicatrizante, desintoxicante, digestiva, fungicida, hepatoprotetora etc. Em sua composição foram identificadas inúmeras substâncias. Entre elas estão polissacarídeos, contendo glicose, galactose e xilose, tanino, esteróides, ácidos orgânicos, substâncias antibióticas, enzimas de vários tipos, resíduos de açúcar, uma proteína com 18 aminoácidos, vitaminas, minerais, sulfato, ferro, cálcio, cobre, sódio, potássio, manganês e outras.A mistura de todos os ingredientes ativos na babosa obtida através da geléia que fica dentro da folha e é responsável pela amplitude do seu poder de cura. Por exemplo, uma das enzimas é capaz de destruir uma substância formada na inflamação, enquanto outra substância reage com as enzimas destrutivas e corrosivas, apressando a sua morte.A vitamina C, encontrada em grandes quantidades na babosa, ajuda a manter a saúde dos vasos sanguíneos, promovendo com isso uma boa circulação. O potássio, ajuda na manutenção do ritmo cardíaco, além de estimular as funções renais, o que faz da babosa uma verdadeira faxineira no seu corpo reduzindo sua retenção de volume hídrico. O sódio, trabalhando junto ao potássio, estabiliza o nível de hidratação do organismo.O cálcio acelera a coagulação, ativação da proteína quinase (que modula a atividade de enzimas em resposta à ligação de hormônios na superfície das células), atua na proteína troponina ( regula a compatibilidade da actina e miosina). O manganês oferece condições para que as enzimas digestivas trabalhem com maior eficiência, impedindo à formação das dolorosas pedras no rim. O ferro operando em equipe com as hemoglobinas, ajuda a transportar oxigênio para as células.O potencial da aloe vera encontra-se na sua capacidade de:Acelerar a regeneração dos tecidos epiteliais, mucosa, pele, ossos, sangue etc.,aumentar a produção de colágeno e o metabolismo do fígado (pita), combater a artrite, dor, inflamações, processos degenerativos do envelhecimento, dificultar a formação de marcas senis, diminuir níveis de “mau” colesterol, estimular e proteger o sistema imunológico, fortalecer os batimentos cardíacos, hidratar a pele, normalizar a pressão arterial, penetrar as sete camadas da pele – transportando qualquer outro alimento a ela vinculado, proteger contra as ações dos raios ultravioletas, regularizar os níveis de açúcar.Recomendações para o uso de aloe vera:Aplicação externa: seu efeito refrescante atua sobre picadas de insetos, pequenos cortes, queimaduras, eczemas e doenças dermatológicas em geral.Aplicação interna: equilibra a digestão e absorção dos nutrientes, trata úlceras, auxilia no controle da taxa de glicose no sangue, promove saúde cardiovascular, melhora as funções hepáticas e fortalece o sistema imunológico.Lembrando que em toda história da humanidade, não existe em registros alguma referencia quanto à possibilidade de intoxicação com a Aloe vera, tampouco existe qualquer indicio de possível referencia negativa da Aloe a ação de qualquer medicamento e produtos, porém existem casos pontuais de reações alérgicas, pois alérgicos sempre existirão para qualquer coisa, que não seja água pura.Veja algumas receitas de beleza com aloe vera. É importante que os ingredientes sejam puros e naturais, isso não os transforma em hipoalergênicos e por isso, faça sempre um teste em uma pequena área da pele, antes de espalhá-los sobre o rosto, corpo ou ingerir.Limpeza de PeleA fórmula é indicada para todos os Doshas1. Fórmula pó base:1 colher de café de coentro seco1 colher de café de cominho1 colher de café de confrey1 colher de café de flores secas1 colher de café de fenugrego1 colher de café de noz moscada1 colher de café de lentilha vermelha ou argila medicinal1 colher de café de pele de limão1 colher de café de manjericãoKapha- Pele Normal: misture o pó base com chá de ervas (hortelã, camomila ou cidreira) e aloe vera .Vata- Pele Seca: adicione leite ou creme de leite com suco de aloe vera ao pó base.Pitta- Pele Oleosa: adicione aloe vera ao pó base.Hidratantes corpo e rosto (fórmula base):2 colheres de sopa de gel ou suco de aloe vera85 ml de óleo base28 gr de manteiga de cacau ou lanolina57 ml de água de rosasKapha: Pele Normal: use óleo de amêndoas ou de jojoba ouVata: Pele Seca: use óleo de gergelim ou lanolina.Pitta: Pele Oleosa: use óleo de jojoba.Preparo:Aqueça o óleo e a manteiga juntos e misture a água de rosas e aloe vera separadamente. Coloque todos os ingredientes em um liquidificador e bata. Adicione óleos essenciais, tal qual mencionado anteriormente. Para obter um creme adequado para a noite, diminua a quantidade de gel de aloe vera e adicione Vitaminas A e E ou um pouco de óleo de rosa mosqueta. Mantenha em frasco hermeticamente fechado em local arejado.Obs: óleo de jojoba é indicado para todas as peles, pois é absorvido rapidamente, deixando poucos resíduos.
CUIDADOS: Não bater no liquidificador a casca do aloe vera , usar somente o gel."


Enviado por Márcia Ávila

Massagem dos Marmas

O ponto Marma é definido como o encontro anatômico de músculos, veias, artérias, tendões, ossos e articulações. Quando existe algum tipo de trauma em algum desses marmas, bloqueios de energia surgirão e o corpo físico poderá responder com dores ou outros tipos de desarmonias.
Em todo o corpo existem 107 marmas, que são divididos da seguinte forma:
11 marmas referentes aos músculos
41 marmas veias e arteiras
8 marmas referentes aos ossos
27 marmas referentes aos tendões
20 marmas nas áreas vulneráveis.
Um trauma como uma batida ou um corte em uma parte do corpo que exista um Marma, pode proporcionar, dores nos músculos ou uma anemia, por exemplo. A força da vida ou energia vital de acordo com a Ciencia do Ayurveda depende do bom funcionamento dos pontos marmas.
Para harmonizar estes pontos propriamente o Ayurveda recomenda massagens com pressões proporcionais para que estes pontos vitais voltem funcionar normalmente. Os movimentos em cada ponto, que será definido através de um diagnostico Ayurveda, deverão ser realizados com perícia, por um terapeuta especialista neste tipo de terapia. Os Marmas quando trabalhados indevidamente podem proporcionar mal estar ou ate mesmo promover um total desequilíbrio no corpo físico.
Na Índia antiga os experts em Ayurveda usavam os pontos marmas para promover anestesia local e assim realizar uma cirurgia. Assim sendo, fica claro que estes pontos tem um neles um grande poder sobre a consciência.
Desta forma através da manipulação destes pontos podemos ativar e desativar memórias dolorosas que escondidas na mente inconsciente causam traumas e desarmonias emocionais, como síndrome do pânico, fobias, ansiedade, depressão, melancolia e baixa da auto estima e stress em modo geral.
Dores musculares e articulares, muitas vezes estão ligadas ao bloqueio de algum Marma que em épocas remotas ou recentes, foi atingido e armazenado ali, uma estagnação de energia que impede que a mesma flua nutrindo estes tecidos tão requisitados pelos vários movimentos diários que o corpo físico necessita.
A obesidade, causada por um acumulo do dosha kapha, muitas vezes ligada a má digestão e acumulação de material não digerido, muito pode ser auxiliado no tratamento através da manipulação de pontos marmas proporcionando o reeqüilíbro da digestão e eliminando a acumulação do lixo orgânico.
A fadiga é uma diminuição da força da vida, um desequilíbrio do dosha vata, que esta ligada ao chacra básico, pontos marmas localizados nos membros inferiores e na região abdominal, quando manipulados ajudam a reequilibrar a energia vital, aumentando a força da vida e tratando a fadiga crônica.
Constipação intestinal, um desequilíbrio muito comum na nossa sociedade, devido a hábitos alimentares errados e bloqueio dos srotas (sistema de canais do corpo), e muitas vezes causada por desarmonias emocionais, tem uma excelente respostas com a manipulação dos marmas.


enviado por Márcia Ávila